quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Conselhos para os viajantes concurseiros

Fazer concurso em outros Estados pode ser culturalmente muito interessante, pois além de você concorrer a uma vaga em uma carreira pública, você também passa a conhecer um pouco de outras regiões do país e culturas diferentes da sua.

O concurseiro, normalmente viaja sozinho e por isso o ideal é hospedar-se em Albergue, onde poderá fazer amigos e dividir as despesas.

Quem viaja para fazer concurso normalmente viaja com o dinheiro restrito, pois o dinheiro economizado numa viagem serve para ser gasto em outros concursos, nisso o Albergue também pode ajudar, pois fatalmente o viajante irá conhecer outros concurseiros e pode até dividir o táxi, pois é comum encontrar pessoas que farão o mesmo concurso que você para o mesmo ou outro cargo.

Viajar de ônibus é mais barato, mas para isso é preciso tempo, se a região onde haverá o concurso é longe, pode sair mais caro se somados os lanches da parada e as guloseimas que o concurseiro ansioso irá consumir.

O ideal para quem viaja de ônibus é ir no dia anterior ao concurso, pois se não, chegará cansado e pode não render como gostaria na prova, principalmente aqueles que costumam fazer duas provas no mesmo dia.

Muitas vezes vamos prestar concurso em lugares que não iríamos se não fosse pela prova, por isso é sempre bom aproveitar para conhecer o local, pois você poderá nunca voltar e depois se arrepender de não ter nem mesmo tirado uma foto.

Chegando no dia anterior se possível, conheça o local onde fará a prova e se organize, em cidades pequenas pode até faltar táxi em dia de concurso, isso sem falar nas vagas de albergue ou hotel.

Sair para conhecer os bares e a vida boêmia da cidade é interessante, lembre-se que é neste lugar que você irá morar se passar no concurso, portanto passeie pela cidade, conheça-a, mas só depois que fizer a prova, nada de beber no dia anterior.

Depois da prova, tomar uma cerveja num bar da cidade e conversar com os nativos pode ser relaxante e te ajudar a descansar para preparar-se para a próxima batalha, que será um novo concurso, caso você não passe e nem desista dessa árdua tarefa que é estudar para concursos públicos.

Para que você possa curtir um pouco a cidade antes de ir embora, reserve pelo menos um dia depois da prova, assim você pode curtir o domingo a noite (dia de prova quase sempre) ou ir à praia e comprar uma lembrancinha para os seus familiares na segunda de manhã.

Agora se você tem família ou namorada, converse com ela antes, veja se ela vai topar mudar de cidade com você e escolha com ela o local, lembre-se que é preciso 3 anos para pedir transferência se for concurso nacional e mesmo assim, isso pode jamais acontecer.

No mais, boa sorte, curta a viagem e faça uma boa prova!

WJr.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Definido o padrão da TV digital: Padrão Google!

Enquanto os grandes grupos de radiodifusão e de telecomunicação brigam pela escolha do padrão digital de televisão, uma revolução silenciosa está acontecendo.



Não se trata da guerra obscura que acontece entre os lobistas das Telefonias e da ABERT, dentro dos palácios do governo, tampouco da briga de gigantes entre Estados Unidos, União Européia e Japão, tentando impor ao Brasil o seu sistema digital.



Trata-se de uma revolução chamada You Tube (www.youtube.com), que no Brasil já tem o seu similar, chamado de Videolog (www.videolog.tv) .



Não faz muito tempo, a Google, comprou o You Tube por uma fortuna e se o sucesso do Videolog for parecido, em breve, este também poderá ser comprado.



O Videolog possui um sistema idêntico ao do You Tube, é um sistema totalmente digital que possibilita a qualquer pessoa disponibilizar o seu vídeo para a rede mundial de computadores.



Desde o seu lançamento no Brasil milhares de jovens e adultos do país inteiro e de parte da América Latina criaram as suas mini-emissoras de TV no Videolog.



Estas mini-emissoras contam com um grupo de pessoas que trabalham voluntariamente para produzir centenas de horas de programação diária, que vão desde cobertura de festas e eventos até vídeo-clips caseiros para a divulgação de novas bandas.



Através do Videolog centenas de pessoas estão ficando conhecidas e abrindo espaço para a divulgação de produtos artísticos e culturais praticamente ignorados pelas emissoras de TV do país.



O mais interessante é que para se criar um programa ou uma nova emissora de TV virtual no Videolog, não é preciso concessão ou qualquer tipo de autorização, mas muita criatividade, já que a concorrência é acirrada.



É possível que por falta de verbas, muitas destas mini-emissoras parem de funcionar em um curto espaço de tempo ou sejam substituídas por outras, mas o conceito de TV na internet deve permanecer e os oligopólios das grandes redes na audiência tende a se reduzir.



E a revolução está apenas começando, pois com o custo cada vez mais baixo na produção áudio-visual, as facilidades da informática e a difusão tecnológica, pode-se afirmar que o futuro da TV passa pelo computador e, por conseguinte pelo You Tube ou pelo Videolog.



Que tal assistir a viagens de pessoas comuns para lugares os quais você quer ir? Ou bandas de rock que jamais tocaram em sua emissora de rádio FM preferida? Ou quem sabe uma comédia de um jovem humorista que você nunca ouviu falar? Ou mesmo a reunião do prédio onde você mora, gravada pelo seu vizinho e a qual você deveria também ter ido?





E quem sabe você queira participar desta revolução e além de ver todos estes vídeos você também queira montar o seu próprio programa de TV?



A TV Digital no You Tube e no Videolog já está funcionando há muito tempo e o padrão escolhido é o mesmo: Google!



WJr.

O Remédio da Felicidade

O mundo capitalista talvez tenha sido o maior propulsor do individualismo; mas também criou alguns remédios para amenizar as contra-indicações de uma sociedade regida pelo prazer imediato.



A discoteca (ou boate - como é chamado este lugar em alguns lugares fora de São Paulo) é um desses remédios: pode ser a solução paliativa para diversos problemas: solidão, tédio, niilismo; mas também pode ser a causa do problema.



Os motivos para freqüentarmos discotecas são variados: tédio de ficar em casa ou aniversário de amigos, normalmente.



O ritual deve começar com um bom banho, perfume e a escolha da roupa, que tem que ser da moda. Pronto!



Acontece, que não existe nada mais insignificante na vida de um adulto do que uma noitada numa discoteca.



O som é sempre inversamente proporcional: qualidade X volume.



As pessoas são todas maravilhosas e narcisistas, a não ser aquela gordinha meia sem graça no canto da pista, ignorada pelos homens e observada com ironia pelas “biscates” com as madeixas tingidas e com saias tão curtas que poderiam ser confundidas com outros tipos de garotas se andassem a pé.



Numa discoteca ninguém se conhece, nem quer se conhecer...o objetivo é atrair o sexo oposto da forma mais egoísta possível, satisfazendo a si mesmo de uma forma tão instintiva que as palavras tornam-se desnecessárias.



Aliás, palavras gritadas no ouvido do outro durante a execução dos bate-estacas musicais não podiam mesmo surtir efeitos, o que se tem então são diálogos tão fúteis quanto os seus personagens.



O envolvimento é tão superficial que raramente dura mais que uma noite, mas nem sempre acaba ali.



A discoteca pode entretanto ser um belo desafio para os namorados, cronometrando o tempo em que o casal consegue ficar no recinto sem brigar por ciúmes; principalmente quando algum desconhecido, já um tanto alterado pela bebida, venha à investir lá pelas tantas horas, em garotas acompanhadas.



No momento da abordagem vale tudo: não apenas palavras gentis, mas também o toque; do tipo puxar pelo braço ou tentar um beijo forçado.



Acho que é hormônio demais para mim, tendo a preferir um bom papo em uma mesa de bar.



Mas, nem por isso deixo de freqüentar discotecas, esse é mais um daqueles remédios do capitalismo: não cura a doença, mas alivia a dor....






Escrito por Wagner Jr. às 06h15

Visite Manari

Você já conhece Manari?



Talvez o nobre leitor nunca tenha ido a Manari, mas já pode ter ouvido falar.



Manari, é o nome de um povoado que tornou-se município a menos de dois anos e ficou conhecida no Brasil inteiro depois de uma reportagem do Fantástico sobre IDH.



A cidade, que fica no sertão de Pernambuco, foi classificada em 2006 como a pior cidade do Brasil, pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).



Confesso que, não fosse pela minha profissão de jornalista, jamais teria visitado Manari, o que seria uma pena.



Em Manari não existe aeroporto nem rodoviária, a única forma de chegar na cidade é de carro em estradas de terra e passando por regiões pouco habitadas; em geral plantações de cana ou capim já queimados pelo Sol fazem parte da paisagem.



Manari é uma cidade extremamente quente, mas como toda cidade do mundo têm suas belezas naturais, as mulheres, por exemplo: elas se arrumam para passear na única praça da cidade, no sábado à noite, ao lado do “trailler” que vende sanduíche, refrigerante e cerveja, até às 22h.



Em Manari não se paga IPTU, pois os moradores não possuem dinheiro para isto, o que naturalmente reduz a arrecadação da cidade; o aluguel de uma casa de dois dormitórios gira em torno de R$50,00/mês e a água é custeada pela Prefeitura do Município.



Como toda cidade pequena, Manari tem ao redor da praça uma igreja, que foi a primeira construção dali.



A cidade nasceu da fé de seus moradores, já que camponeses desempregados estabeleciam-se ali, ao lado do padre, a espera de Deus e de uma nova oportunidade de emprego e por ali mesmo se viravam: do trabalho temporário, da caça de algum bicho silvestre etc.



Manari foi crescendo e hoje tem até rádio comunitária, prefeito, vereadores e um pequeno comércio sustentado pelo programa Bolsa Família do governo federal.



Fui até a Câmara Municipal, mas como era segunda-feira não havia sessão e, portanto nenhum vereador. Qualquer semelhança com o Congresso Nacional é mera coincidência.



Ficamos eu e a equipe de TV da Radiobrás, hospedados no único hotel da cidade, que ainda não tem nenhuma estrela: “a estrela daqui sou eu” diz a dona, que administra o local sozinha, com a ajuda das duas filhas, bonitas por sinal.



A hora do banho gelado tem que ser pala manhã, já que na cidade não tem água encanada e no final do dia a água acabou. O eterno problema do Nordeste brasileiro continua sendo a água.



No quarto onde fiquei hospedado tem apenas uma cama, um vitrô menor que a janela de uma cela e a parede pintada de um rosa já quase marrom.



O único banheiro do hotel, está sempre ocupado e a descarga não funciona: “amanhã o rapaz vem arrumar” - grita a dona para um hóspede que reclama da má qualidade do serviço, apesar da diária de R$5,00.



Manari é realmente muito interessante, a cidade acorda cedo, com os sinos da igreja, que lota no domingo; existem muitos cachorros perambulando pelas ruas e vendedores que trazem da cidade grandes novidades a preço baixo para a dona de casa moderna.



Curioso, pergunto para uma jovem de vinte e poucos anos como é a diversão em Manari: “navegar!” – ela responde.



Impossível! Penso eu...Manari não conhece uma praia a muitos quilômetros de distância, até água de poço é raridade por ali.



“Navegar na internet!” - explica ela.



Fico sabendo que Manari não tem água encanada ou escola secundária, mas já possui uma Lan House! Ainda com poucos computadores é verdade, mas ela está ali, no meio do sertão pernambucano.



Entrei para conhecer a Lan House e vi que os jovens dali estão inteirados em tudo o que acontece no Brasil e no mundo, mesmo tão distante dos grandes centros urbanos. Eles têm MSN, estão no Orkut e têm até comunidade.



Pensando bem, foi a melhor viagem que fiz; não trocaria aquele local por nenhum hotel de luxo. Ao ir embora penso que todo brasileiro deveria conhecer Manari, pois é um local onde se aprende muito mais do que em shoppings abarrotados de turistas soberbos.



E então, você já conhece Manari?



WJr.

Onde foi que nós erramos Niemayer?

Se pudesse, ainda na época da construção de Brasília, o arquiteto e comunista Oscar Niemayer, teria pintado a Praça dos Três Poderes de vermelho.



Certamente a “Praça Vermelha dos Três Poderes”, seria muito mais bonita e teria um nome muito mais pomposo, além de trazer um pouco de cor aos prédios sempre brancos da nossa Capital Federal.



O projeto de Lúcio Costa e Niemayer era realmente avançado para a época: previa a derrubada de todos os “muros de Berlim” que separavam o país entre ricos e pobres.



Brasília foi concebida como cidade-parque, priorizando a preservação da natureza e o relacionamento humano.



As primeiras residências, prédios de apartamentos funcionais, foram construídas valorizando a simplicidade e a praticidade, mas sem garagem para automóveis, já que os idealizadores de Brasília acreditavam que todos utilizariam o transporte coletivo, que seria oferecido na cidade.



As residências foram construídas em áreas reservadas exclusivamente para elas, longe do barulho e cercada por parques e comércio local, onde a área pública, livre dos muros, seria o local de convívio do candango, nas tardes de domingo. Ainda existia o lago Paranoá, que seria uma espécie de praia, para uma cidade extremamente quente e seca.



Para completar o projeto, Niemayer colocou uma foice bem de frente ao Congresso Nacional, no memorial JK, usando o ex-presidente trabalhador, como martelo, completando todo o simbolismo que a cidade exigia como parte de sua história.



A cidade estava preparada para receber os novos habitantes; não os nordestinos trabalhadores da construção civil que haviam terminado a mais formidável obra da arquitetura brasileira, estes já viviam bem longe, na Cidade Livre, que seria derrubada, segundo o projeto inicial.



Os primeiros moradores da Nova Capital eram os funcionários públicos da velha capital, vindos do Rio de Janeiro; e os políticos vindos de todas as regiões do país.



Quando os políticos aqui chegaram, não queriam a simplicidade dos apartamentos funcionais e passaram a invadir a orla pública do lago Paranoá com suas lanchas poluidoras; inviabilizando o uso do lago para o lazer dos banhistas.



Logo, os altos funcionários dos três poderes, passaram a murar suas residências com grades e cercas elétricas, com medo do povo que chegava à capital com a esperança de uma vida melhor.



Surgiram então diversos setores de mansões, onde os ministros e outras autoridades faziam suas festas regadas a sexo e orgias com o dinheiro público e negociatas para superfaturamento de ambulâncias e hospitais.



As zonas comerciais passaram a servir de moradia para trabalhadores de baixa renda e até salas escuras no subsolo tornaram-se residências.



Brasília tornou-se extremamente elitista e confinou o povo pobre que não queria morar como bicho, abaixo do chão, nas cidades satélites; bem longe das madames endinheiradas que chegavam ávidas por compras e cirurgias plásticas.



O metrô, criado muito tempo depois, foi desligado nos finais de semana, a fim de evitar uma enxurrada de pobres, vindos da expansão do setor O de Ceilândia, nas festas elitistas regadas a vinho do Lago Sul e Norte.



E assim, Brasília foi tornando-se um retrato fiel do Brasil, com todas as suas desigualdades sociais e raciais; e deixando de lado a sua essência; o intuito para a qual foi criada e que seria a sua vocação, de ser a primeira cidade socialista do país.



Onde foi que nós erramos Niemayer?

TV Mcdonald's

A globalização é uma grande conquista, sem dúvida nenhuma; através
dela temos acesso ao que há de melhor (e de pior) no mundo.

Acho interessante o jovem da periferia de São Paulo poder usar o mesmo
o tênis usado no Bronx (EUA) ou em Nairobi (Kênia).

A globalização traz mais do que produtos: traz cultura e estilos de
vida diferentes, isso quando não há uma colonização, mas uma
globalização verdadeira.

O caso da TV é mais extraordinário ainda, embora o acesso da TV a cabo
ainda seja privilégio para poucos no Brasil, estes poucos têm acesso
ao mundo inteiro pela TV e não mais através de uma emissora nacional,
mas das próprias emissoras locais de cada país.

É claro que os países europeus e o Estados Unidos por terem mais poder
de investimento, chegam a outros países com mais facilidade: caso da
CNN, BBC, NBC, FOX etc.

Assim como nos países ricos, as TVs dos países de terceiro mundo aos
poucos também alcançam o restante do mundo como a Globo Internacional
e a Al Jazeera, por exemplo.

A diversidade da TV reflete a diversidade do mundo e quebra todas as
formas de imperialismo ou monopólio televisivo no que tange à
informação, mas não democratiza o poder econômico, pois este continua
sendo dominado pelos grandes grupos mundiais do Entretenimento.

Apesar de todas estas maravilhas, a globalização tem um viés: em
dosagem excessiva ela pode destruir os regionalismos da cultura
popular.

Grandes emissoras nacionais como a Globo e a Record já perceberam isso
e investem cada vez mais no jornalismo local ou em novelas que saem
das grandes capitais e descobrem o interior e o litoral brasileiro,
mudando assim o seu conteúdo nacional e dando um enfoque regional.

Apesar da mudança de enfoque tão importante, o formato padronizado
continua o mesmo, ou seja, o DF TV repete o mesmo formato do RJ TV,
mas com notícias locais, e porquê não criar uma forma brasiliense de
> se fazer telejornal?

A globalização na TV criou as franquias televisivas em que o mesmo
produto é oferecido ao mundo inteiro mudando apenas o sotaque da
região ou mesmo o idioma, como no caso da MTV.

Na TV brasileira a programação Mcdonald's oferece alguns programas de
grande sucesso mundiais: Big Brother, Troca de Família, Super Nany
etc.

Quem diria...o artista brasileiro, outrora tão criativo, agora paga
por idéias estrangeiras, nem sempre de grande qualidade intelectual e
consome a TV Mcdonald's, que já sai com a receita pronta e só precisa
pagar os "royalties".


Wagner Jr. é Radialista, Jornalista e Diretor da TV Diferente (www.videolog.tv/tvdiferente ), além de colaborador do site "Em Off".




Escrito por Wagner Jr. às 22h55

Você pagaria por um CD pirata o mesmo que paga por um Cd original?

Você pagaria por um CD pirata o mesmo que paga por um Cd original?


Você pagaria por um CD pirata o mesmo que paga por um Cd original?

Desde que a Rede Globo tornou-se a emissora mais poderosa do país,
líder absoluta na audiência e no poder de influencia, surgiram várias
emissoras que tentaram copiar o seu formato, no Brasil e fora dele.

È importante frisar que o que levou a Rede Globo ao império televisivo
que é hoje foi uma junção de fatores: investimento alto, contratação
de pessoal especializado (os melhores do mercado), apoio dos governos
(principalmente durante a ditadura), apoio técnico externo (Grupo Time
Life) e a criação de um padrão estético, entre outros.

Também contribuíram para a rápida ascensão da emissora ao topo da
audiência: a falência das TVs Tupi e Excelsior e os incêndios
criminosos da TV Record, mais especificamente o segundo, em 29 de
julho de 1966.

Enquanto o SBT consagrava-se como o líder absoluto na vice-liderança
no final da década de setenta, com uma programação popularesca, nascia
no início da década seguinte a primeira tentativa de cópia bem
sucedida da Rede Globo, a Rede Manchete.

A Rede Manchete investiu basicamente nos mesmos carros chefes da Rede
Globo: jornalismo e novela.

Apesar de possuir uma grade de programação muito semelhante com a Rede
Globo, imitando o chamado "sanduíche" (uma novela entre dois jornais
ou vice-versa) e o estabelecimento de um padrão muito parecido com o
padrão globo de qualidade, a Rede Manchete tinha personalidade e era
muito criativa.

A novela de maior sucesso da Manchete, "Pantanal", dirigida por Tizuka
Yamazaki, provocou uma mudança no formato e no conceito de ver e fazer
novela, seguida até mesmo pela Rede Globo, que nessa época era líder
nesse seguimento.

A idéia de criar uma concorrente à altura da Rede Globo não deu
resultado e em 1999 a Rede Manchete faliu afundada em dívidas; logo
ela que tinha como slogan "A TV do ano 2000".
>
Nos últimos anos, estamos assistindo a mais uma tentativa de criação
da Nova Rede Globo, mas desta vez com muito menos personalidade:
trata-se da Rede Record.

A Rede Record dos últimos anos é uma imitação cara-de-pau da Rede
Globo: copia os cenários, as vinhetas, o selo "marca d'água", os
apresentadores, as novelas, tudo...

Para conseguir criar uma emissora com a mesma qualidade, padrão e
formato da emissora líder, a Rede Record investe alto, cerca de US$
103 milhões/ ano.

Nos últimos quatro anos a Rede Record triplicou o número de seus
funcionários, construiu nove estúdios repletos de equipamentos
digitais e contratou diversos funcionários da Rede Globo a preço de
ouro.

O alto investimento só é possível graças à ajuda divina, pois seria
impossível para uma emissora do porte da Rede Record investir tanto em
tão pouco tempo e cobrir todos os gastos com o aumento da demanda por
comerciais de TV, por isso, alguns investidores poderiam crer que a
Rede Record trabalhe no "vermelho".

A estratégia para alavancar a audiência a princípio tem dado certo; em
2006 a Rede Record aumentou a sua audiência em quase 30% subindo de
sete para nove pontos no Ibope, enquanto o SBT teve uma queda recorde
de onze pontos.

Diante dos números, a Rede Record afirma já ser a segunda colocada na
briga pela audiência, mas o SBT rebate.

Mesmo que o SBT tenha perdido a vice-liderança, ainda assim, a
distância da Rede Record para a Rede Globo é bastante grande e a
estratégia pode não ser tão eficiente para derrubar a emissora líder.

Diante de uma emissora extremamente competente e a sua cópia
extremamente fiel, acredita-se que a maioria irá preferir a versão
original; portanto a estratégia da Rede Record só serve mesmo para
brigar com o SBT.

Você pagaria por um CD pirata o mesmo que paga por um Cd original?




Escrito por Wagner Jr. às 14h44

TV de cachorro

Certamente o telespectador, ops...o leitor já deve ter ouvido falar na TV de cachorro.
A TV de cachorro nada tem a ver com a televisão que a gente conhece, com imagens virtuais e grandes produções, nada disso...trata-se daquela máquina presente em padarias e supermercados de grandes e pequenas cidades, produzidas para assar frango, com imagens bem reais.
Nestas máquinas, cães a as vezes gatos, ficam paralisados diante da "tela" observando os espetos recheados de frangos suculentos dando voltas em torno de si mesmos.
A chamada "TV de cachorro" não traz nenhuma informação nova ao cachorro, serve apenas para suscitar o desejo do cão em comer um ou mais frangos da máquina, o que raramente acontece.
A possibilidade de um frango escorregar pela calçada ou de algum transeunte dividir um pedaço com o cão é de menos de um porcento, mas mesmo assim, o cão continua a espera desta grande chance acontecer um dia e talvez só o fato dele imaginar-se comendo uma suculenta coxinha de galinha já o satisfaça temporariamente.
O homem também tem a sua "TV de cachorro", a mais conhecida é uma rede internacional de televisão chamada Playboy TV.
A Playboy TV é um canal por assinatura de conteúdo erótico, distribuído por quase todas as empresas de TV a cabo no país e fora dele.
A programação adulta da Playboy TV é contituída basicamente por vídeo-clips com coelhinhas e playmates das revistas americanas e européis, mas também participam mulheres latinas e asiáticas.
No final do ano existe um concurso que escolhe a Miss Playboy TV entre todas as participantes do mundo, mas nenhuma brasileira ainda ganhou o prêmio.
A Playboy TV é o canal adulto com o maior número de assinantes no Brasil, mas emprega poucos brasileiros; a emissora prefere importar a maior parte da sua programação e investir no "voyerismo" sem se preocupar muito com o conteúdo jornalístico ou informativo para seus assinantes.
Assim como o cachorro frente a máquina de frango, o telespectador tem uma chance mínima (para não dizer nenhuma) de conhecer a coelhinha libidinosa que o faz gozar em frente à tela de TV; mas isso pouco importa, porque ela irá povoar os seus sonhos naquela noite, talvez por dias ou semanas, até ser trocada pelo próximo programa.
Será que os marketeiros da Playboy nunca pensaram em trocar o coelhinho da marca, por um cachorro?

Wagner Jr.
Radialista, Jornalista e Criador da TV Diferente (www.videolog.tv/tvdiferente)

Finalmente...

Finalmente...

Hoje estou feliz, porque você veio me visitar,

E trouxe flores para me alegrar,

Hoje é dia de finados e muita gente vai chegar;

O jardim está florido e muito bonito,

Amanhã o coveiro ainda irá regar,

As flores que logo vão murchar;

Amanhã é dia de semana,

E ninguém vai se lembrar,

Hoje é dia de finados, dia para comemorar;

Parte da família veio me visitar,

E troxeram velas para me iluminar,

E choraram...sem perceber;

Não chorariam...se soubessem,

A alegria que eu sinto ao viver,

Junto à minha mãe, cantando e sorrindo;

Voltei a me sentir criança...coisa de menino,

Sem preocupação com nada, da vida passada,

Quanta saudade que eu estava!

Mamãe estava certa, cada um tem um destino...

O meu é aqui com ela, dando e recebendo carinho,

Relembrando minha vida na Terra,

Ora chorando, ora sorrindo...

Me sinto tão feliz em saber:

Nunca mais a irei perder!

Eu esperava muito por este momento de alívio,

A gente voltar a ser mãe e filho!

Wagner Jr. 19/03/07

(à minha mãe, Marindeide L. de Andrade - em memória)




Escrito por Wagner Jr. às 00h51

A TV que o Arnaldo Jabor não quer

Quando Lord Macaulay decretou a imprensa como quarto poder, em 1828,
ele não estava errado, mas talvez não tivesse consciência do poder que
ainda teriam os grandes conglomerados comunicacionais no século XXI,
superando muitas vezes o poder dos três outros poderes juntos, não só
interferindo em suas dicisões como delineando a agenda da Congresso e
do Poder Executivo, principalmente.

A ideia de "quarto poder" surgiu inicialmente como um elemento externo
aos outros poderes constituídos, atuando como um órgão fiscalizador da
sociedade, ou auto-representado por ela.

Para que emanacesse na sociedade um quarto poder fiscalizador e
independente foi que surgiu ainda no século XIX a Teoria Libertária,
que pregava a "Liberdade de Expressão" acima de tudo.

Essa "Liberdade de Expresão" foi garantida por todos os países
democráticos e inserida na primeira emenda à Constituição
Norte-americana que garantiu "a liberdade de expressão e de
imprensa".

Mas essa liberdade até hoje nunca foi total, apenas os detentores do
capital e donos das grandes indústrias de informação e do
entretenimento tiveram esse direito, que não foi estendido nem mesmo
aos jornalistas, obrigados a pautar o que é de interesse do veículo de
comunicação em que trabalham.

Talvez por este motivo os ouvintes da rádio CBN tenham se deparado
algum tempo atrás com o brado de um de seus principais comentaristas
(Arnaldo Jabor) contra a idéia de criação de uma nova rede de
televisão pública no Brasil.

Em um discurso inflamado em rede nacional ele criticava como de
costume o governo Lula e afirmava que a criação da TV poderia ser um
atentado à democracia como ocorre (segundo ele) em Cuba e na
Venezuela.

Visando garantir o seu emprego como porta-voz da Rede Globo, Arnaldo
Jabor afirmava ainda que o interesse do governo era o de ludibriar os
> telespectadores com propaganda governamental, igualzinho já fez e
ainda faz a emissora em que ele trabalha.

Mas não é bem assim, o famoso jornalista da CBN esqueceu de pesquisar
outros países bem mais desenvolvidos e capitalistas que o Brasil.

Talvez ele não tenha se lembrado que a melhor TV do mundo (segundo o
professor Lalo Leal) é uma estatal inglesa: a BBC.

Todos os países desenvolvidos do mundo possuem emissoras estatais, o
que não quer dizer governamentais.

Só para citar alguns exemplos: Portugal (RTPI), França (TV5), Espanha
(TVE), EUA (TVS) e assim por diante.

Aliás, diga-se de passagem, a melhor programação cultural-educativa
mesmo aqui no Brasil tem sido feita por emissoras não-comerciais (TV
Câmara, TV Senado, TVE etc.).

É verdade que o governo brasileiro já possui uma empresa de
comunicação que é a Radiobrás, mas esta empresa estatal está
sucateada, com equipamentos velhos e funcionários mal pagos, além de
possuir apenas uma emissora em Brasília e nehuma filiada.

A idéia do ministro Hélio Costa (Comunicações) é de aproveitar a
estrura já existente da Radiobrás e ampliá-la para que possamos ter
uma TV de qualidade, como nos países mais desenvolvidos do mundo.

Para que isso seja feito, é preciso investimento, claro...mas este
investimento retorna para a sociedade na forma de informação de
qualidade, que só existe longe dos interesses comerciais.

Mas, uma emissora estatal forte com programação de qualidade é claro
que a Rede Globo não vai querer, nem o Arnaldo Jabor.



Wagner Jr.

Radialista e Jornalista

Adeus Brasília

Hoje acordei de madrugada e fui até sacada,
Olhar mais uma vez as estrelas no céu,
Pois amanhã não poderei vê-las...
Hoje acordei de madrugada e fui até a sacada,
Ouvir o silêncio de minha cidade,
Pois amanhã já não escutarei nada...
Saí de carro pela bela Esplanada,
Obeservado as curvas de Niemayer,
Amanhã já não poderei olhá-las...
Fui até o Lago ouvir o som de suas águas,
E refletir meu choro de lágrimas,
Planalto, Câmara, Senado, minha casa...
De repente percebi o olhar de gente que saca,
Era JK que me acenava,
Dizia boa sorte na sua nova caminhada...
Wagner Jr.
(dois dias antes de voltar p/ São Paulo)
Escrito por Wagner Jr. às 02h01